Monday, December 31, 2007
Sunday, December 2, 2007
E DIZEM QUE NÃO FAÇO NADA...
Faço projectos, planos, planificações;Sou membro de assembleias, conselhos, reuniões; Escrevo actas, relatórios e relações;Faço inventários, requerimentos e requisições;Escrevo actas, faço contactos e comunicações;Consulto ordens de serviço, circulares, normativos e legislações;
Preencho impressos, grelhas, fichas e observações; Faço regimentos, regulamentos, projectos, planos, planificações;Faço cópias de tudo, dossiers, arquivos e encadernações;Participo em actividades, eventos, festividades e acções;Faço balanços, balancetes e tiro conclusões; Apresento, relato, critico e envolvo-me em auto-avaliações;
Defino estratégias, critérios, objectivos e consecuções;Leio, corrijo, aprovo, releio múltiplas redacções;Informo-me, investigo, estudo, frequento formações; Redijo ordens, participações e autorizações;Lavro actas, escrevo, participo em reuniões;
E mais actas, planos, projectos e avaliações;E reuniões e reuniões e mais reuniões!...E depois ouço,alunos, pais, coordenadores, directores, inspectores, observadores, secretários de estado, a ministra e, como se não bastasse, outros professores,e a ministra!...
Elaboro, verifico, analiso, avalio, aprovo;Assino, rubrico, sumario, sintetizo, informo;Averiguo, estudo, consulto, concluo,Coisas curriculares, disciplinares, departamentais,Educativas, pedagógicas, comportamentais,De comunidade, de grupo, de turma, individuais,Particulares, sigilosas, públicas, gerais, Internas, externas, locais, nacionais,Anuais, mensais, semanais, diárias e ainda querem mais?- Querem que eu dê aulas!?...
Faço minhas as palavras deste anónimo!
Wednesday, November 21, 2007
SER PROFESSORA...uma carta de uma colega!
Ex.maSenhora Ministra daEducação:
Um dia destes colocaram, no placar da Sala dos Professores, uma lista dos nossos nomes com a nova posição na Carreira Docente.
Fiquei a saber, Sr.ª Ministra, que para além de um novo escalão que inventou, sou, ao final de quinze anos de serviço, PROFESSORA.
Sim, a minha nova categoria, professora!
Que Querida! Obrigada!
E o que é que fui até agora?
Quando, no meu quinto ano de escolaridade, comecei a ter Educação Física, escolhi o meu futuro. Queria ser aquela professora, era aquilo que eu queria fazer o resto da minha vida… Ensinar a brincar, impor regras com jogos, fazer entender que quando vestimos o colete da mesma cor lutamos pelos mesmos objectivos, independentemente de sermos ou não amigos, ciganos, pretos, más companhias, bons ou maus alunos. Compreender que ganhar ou perder é secundário desde que nos tenhamos esforçado por dar o nosso melhor. Aplicar tudo isto na vida quotidiana…
Foi a suar que eu aprendi, tinha a certeza de que era assim que eu queria ensinar! Era nova, tinha sonhos...
O meu irmão, seis anos mais novo, fez o Mestrado e na folha de Agradecimentos da sua Tese escreve o facto de ter sido eu a encaminhá-lo para o ensino da Educação Física. Na altura fiquei orgulhosa! Agora, peço-te desculpa Mano, como me arrependo de te ter metido nisto, estou envergonhada!
Há catorze anos, enquanto, segundo a Senhora D. Lurdes Rodrigues, ainda não era professora, participava em visitas de estudo, promovia acampamentos, fazia questão de ter equipas a treinar aos fins-de-semana, entre muitas outras coisas. Os alunos respeitavam-me, os meus colegas admiravam-me, os pais consultavam-me. E eu era feliz… Saia de casa para trabalhar onde gostava, para fazer o que sempre sonhará, para ensinar como tinha aprendido!
Agora, Sr.ª Ministra, agora que sou PROFESSORA, que sou obrigada a cumprir 35 horas de trabalho, agora que não tenho tempo nem dinheiro para educar os meus filhos. Agora, porque a Senhora resolveu mudar as regras a meio (Coisa que não se faz, nem aos alunos crianças!), estou a adaptar-me, não tenho outro remédio: Entrego os meus filhos a trabalhadores revoltados na esperança que façam com eles o que eu tento fazer com os deles. Agora que me intitula professora eu não ensino a lançar ao cesto ou a rematar com precisão à baliza, não chego, sequer a vestir-lhes os coletes…
Passo aulas inteiras a tentar que formem fila ou uma roda, a ensinar que enquanto um "burro" mais velho fala os outros devem, pelo menos, nessa altura, estar calados. Passo o tempo útil de uma aula prática a mandar deitar as pastilhas elásticas fora (o que não deixa de ser prática) e a explicar-lhes que quando eu queria dizer deitar fora a pastilha não era para a cuspirem no chão do Pavilhão… E aqueles que se recusam a deita-la fora porque ainda não perdeu o sabor? (Coitados, afinal acabaram de gastar o dinheiro no bar que fica em frente à Escola para tirarem o cheiro do cigarro que o mesmo bar lhes vendeu e nunca ninguém lhes explicou o perigo que há ao mascar uma pastilha enquanto praticam exercício físico). E os que não tomam banho? E os que roubam ou agridem os colegas no balneário?
Falta disciplinar?
Desculpe, não marco!
O aluno faz a asneira, e eu é que sou castigada? Tenho que escrever a participação ao Director de Turma, tenho que reunir depois das aulas (E quem fica com os meus filhos?). Já percebeu a burocracia a que nos obriga? Já viu o tempo que demora a dar o castigo ao aluno? No seu tempo não lhe fez bem o estalo na hora certa?
Desculpe mas não me parece!
Pois eu agradeço todos os que levei!
Mas isto é apenas um desabafo, gosto de falar, discutir, argumentar com quem está no terreno e percebe, minimamente do que se fala, o que não é, com toda a certeza, o seu caso.
Bastava-lhe uma hora com o meu 5ºC… Uma hora! E eu não precisava de ter escrito tanto! E a minha Ministra (Não votei mas deram-ma… Como a médica de família, que detesto, mas que, também, me saiu na rifa e à qual devo estar agradecida porque há quem nem médico de família tenha – outro assunto) entendia porque não conseguirei trabalhar até aos 65 anos, porque é injusto o que ganho e o que congelou, porque pode sair a sexta e até a sétima versão do ECD que eu nunca fui nem serei tão boa professora como era antes de mo chamar!
Lamento profundamente a verdade!
Viana do Castelo
Ana Luísa Esperança
PQND da Escola EB 2,3 Dr. Pedro Barbosa
Um dia destes colocaram, no placar da Sala dos Professores, uma lista dos nossos nomes com a nova posição na Carreira Docente.
Fiquei a saber, Sr.ª Ministra, que para além de um novo escalão que inventou, sou, ao final de quinze anos de serviço, PROFESSORA.
Sim, a minha nova categoria, professora!
Que Querida! Obrigada!
E o que é que fui até agora?
Quando, no meu quinto ano de escolaridade, comecei a ter Educação Física, escolhi o meu futuro. Queria ser aquela professora, era aquilo que eu queria fazer o resto da minha vida… Ensinar a brincar, impor regras com jogos, fazer entender que quando vestimos o colete da mesma cor lutamos pelos mesmos objectivos, independentemente de sermos ou não amigos, ciganos, pretos, más companhias, bons ou maus alunos. Compreender que ganhar ou perder é secundário desde que nos tenhamos esforçado por dar o nosso melhor. Aplicar tudo isto na vida quotidiana…
Foi a suar que eu aprendi, tinha a certeza de que era assim que eu queria ensinar! Era nova, tinha sonhos...
O meu irmão, seis anos mais novo, fez o Mestrado e na folha de Agradecimentos da sua Tese escreve o facto de ter sido eu a encaminhá-lo para o ensino da Educação Física. Na altura fiquei orgulhosa! Agora, peço-te desculpa Mano, como me arrependo de te ter metido nisto, estou envergonhada!
Há catorze anos, enquanto, segundo a Senhora D. Lurdes Rodrigues, ainda não era professora, participava em visitas de estudo, promovia acampamentos, fazia questão de ter equipas a treinar aos fins-de-semana, entre muitas outras coisas. Os alunos respeitavam-me, os meus colegas admiravam-me, os pais consultavam-me. E eu era feliz… Saia de casa para trabalhar onde gostava, para fazer o que sempre sonhará, para ensinar como tinha aprendido!
Agora, Sr.ª Ministra, agora que sou PROFESSORA, que sou obrigada a cumprir 35 horas de trabalho, agora que não tenho tempo nem dinheiro para educar os meus filhos. Agora, porque a Senhora resolveu mudar as regras a meio (Coisa que não se faz, nem aos alunos crianças!), estou a adaptar-me, não tenho outro remédio: Entrego os meus filhos a trabalhadores revoltados na esperança que façam com eles o que eu tento fazer com os deles. Agora que me intitula professora eu não ensino a lançar ao cesto ou a rematar com precisão à baliza, não chego, sequer a vestir-lhes os coletes…
Passo aulas inteiras a tentar que formem fila ou uma roda, a ensinar que enquanto um "burro" mais velho fala os outros devem, pelo menos, nessa altura, estar calados. Passo o tempo útil de uma aula prática a mandar deitar as pastilhas elásticas fora (o que não deixa de ser prática) e a explicar-lhes que quando eu queria dizer deitar fora a pastilha não era para a cuspirem no chão do Pavilhão… E aqueles que se recusam a deita-la fora porque ainda não perdeu o sabor? (Coitados, afinal acabaram de gastar o dinheiro no bar que fica em frente à Escola para tirarem o cheiro do cigarro que o mesmo bar lhes vendeu e nunca ninguém lhes explicou o perigo que há ao mascar uma pastilha enquanto praticam exercício físico). E os que não tomam banho? E os que roubam ou agridem os colegas no balneário?
Falta disciplinar?
Desculpe, não marco!
O aluno faz a asneira, e eu é que sou castigada? Tenho que escrever a participação ao Director de Turma, tenho que reunir depois das aulas (E quem fica com os meus filhos?). Já percebeu a burocracia a que nos obriga? Já viu o tempo que demora a dar o castigo ao aluno? No seu tempo não lhe fez bem o estalo na hora certa?
Desculpe mas não me parece!
Pois eu agradeço todos os que levei!
Mas isto é apenas um desabafo, gosto de falar, discutir, argumentar com quem está no terreno e percebe, minimamente do que se fala, o que não é, com toda a certeza, o seu caso.
Bastava-lhe uma hora com o meu 5ºC… Uma hora! E eu não precisava de ter escrito tanto! E a minha Ministra (Não votei mas deram-ma… Como a médica de família, que detesto, mas que, também, me saiu na rifa e à qual devo estar agradecida porque há quem nem médico de família tenha – outro assunto) entendia porque não conseguirei trabalhar até aos 65 anos, porque é injusto o que ganho e o que congelou, porque pode sair a sexta e até a sétima versão do ECD que eu nunca fui nem serei tão boa professora como era antes de mo chamar!
Lamento profundamente a verdade!
Viana do Castelo
Ana Luísa Esperança
PQND da Escola EB 2,3 Dr. Pedro Barbosa
Monday, November 19, 2007
ESTÁ A CHEGAR... O NATAL E A FEIRA DO LIVRO!
Sunday, November 4, 2007
Datas Festivas
Sunday, October 21, 2007
SER FELIZ
Ser feliz é...
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar uma autora da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma e agradecer a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesma(o).
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós.
É ter maturidade para falar "eu errei".
É ter ousadia para dizer "perdoe-me".
É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de ti".
É ter capacidade de dizer "amo-te".
Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz...
E, quando errar o caminho, recomece tudo de novo, pois assim será cada vez mais apaixonada(o) pela vida.
E descobrirá que...
Ser feliz não é ter uma vida perfeita,
mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.
Usar as perdas para refinar a paciência.
Usar as falhas para esculpir a serenidade.
Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesma(o)!!!
Jamais desista das pessoas que ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espectáculo imperdível!
(autor desconhecido)
Wednesday, October 3, 2007
Chico Buarque de Holanda...
SOLIDÃO
SOLIDÃO
não é a falta de gente para conversar,namorar, passear ou fazer sexo....I
STO É ...CARÊNCIA
SOLIDÃO não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar.....ISTO É SAUDADE
SOLIDÃO não é o retiro voluntário que a gente se impõe às vezes, para realinhar os pensamentos.....ISTO É EQUILÍBRIO
SOLIDÃO não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsóriamente para que revejamos a nossa vida.......ISTO É UM PRINCÍPIO DA NATUREZA
SOLIDÃO não é o vazio de gente ao nosso lado.......ISTO É CIRCUNSTÂNCIA
SOLIDÃO É MUITO MAIS DO QUE ISTO.
SOLIDÃO É QUANDO NOS PERDEMOS DE NÓS MESMOS E PROCURAMOS EM VÃO PELA NOSSA ALMA.....
(CHICO BUARQUE DE HOLANDA)
lindo!!!
SOLIDÃO
não é a falta de gente para conversar,namorar, passear ou fazer sexo....I
STO É ...CARÊNCIA
SOLIDÃO não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar.....ISTO É SAUDADE
SOLIDÃO não é o retiro voluntário que a gente se impõe às vezes, para realinhar os pensamentos.....ISTO É EQUILÍBRIO
SOLIDÃO não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsóriamente para que revejamos a nossa vida.......ISTO É UM PRINCÍPIO DA NATUREZA
SOLIDÃO não é o vazio de gente ao nosso lado.......ISTO É CIRCUNSTÂNCIA
SOLIDÃO É MUITO MAIS DO QUE ISTO.
SOLIDÃO É QUANDO NOS PERDEMOS DE NÓS MESMOS E PROCURAMOS EM VÃO PELA NOSSA ALMA.....
(CHICO BUARQUE DE HOLANDA)
lindo!!!
Tuesday, September 11, 2007
Recomeçar...
Neste novo ínicio de ano lectivo...um excerto de um poema muito bonito de um grande poeta!
Recomeça ... Se puderes,
E os passos que deres,
Nesse caminho duro do futuro,
Dá-os em liberdade
Enquanto não alcances, Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
Miguel Torga - Recomeçar
Recomeça ... Se puderes,
E os passos que deres,
Nesse caminho duro do futuro,
Dá-os em liberdade
Enquanto não alcances, Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
Miguel Torga - Recomeçar
Tuesday, September 4, 2007
ABANDONADO...
Terminaram as férias...
Tuesday, August 14, 2007
Tuesday, June 26, 2007
Educação em debate...nada de novo!
Especialistas em educação reunidos na cidade espanhola de Valência
defenderam que o aumento da violência escolar deve-se, em parte, a uma crise de autoridade familiar, pelo facto de os pais renunciarem a impor
disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os professores.
Os participantes no encontro 'Família e Escola: um espaço de
convivência', dedicado a analisar a importância da família como agente
educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre os menores recaia nas escolas.
'As crianças não encontram em casa a figura de autoridade', que é um
elemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo Fernando
Savater.
'As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa', sublinhou.
Para Savater, os pais continuam 'a não querer assumir qualquer autoridade', preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos 'seja alegre' e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinador quase exclusivamente para os professores.
No entanto, e quando os professores tentam exercer esse papel disciplinador, 'são os próprios pais e mães que não exerceram essa autoridade sobre os filhos que tentam exercê-la sobre os professores, confrontando-os ', acusa. O abandono da sua responsabilidade retira aos pais a possibilidade de protestar e exigir depois. Quem não começa por tentar defender a harmonia no seu ambiente, não tem razão para depois se ir queixar', sublinha. Há professores que são vítimas nas mãos dos alunos'
Savater acusa igualmente as famílias de pensarem que 'ao pagar uma escola'deixa de ser necessário impor responsabilidade, alertando para a situação de muitos professores que estão psicologicamente esgotados' e que se transformam 'em autênticas vítimas nas mãos dos alunos'.
A liberdade, afirma, 'exige uma componente de disciplina' que obriga a que
os docentes não estejam desamparados e sem apoio, nomeadamente das famílias e da sociedade.
' A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara', afirma, recomendando aos pais que transmitam aos seus filhos a importância da escola e a importância que é receber uma educação, 'uma oportunidade e um privilégio'.
Em algum momento das suas vidas, as crianças vão confrontar-se com a
disciplina', frisa Fernando Savater.
Em conversa com jornalistas, o filósofo explicou que é essencial perceber
que as crianças não são hoje mais violentas ou mais indisciplinadas do que
antes; o problema é que 'têm menos respeito pela autoridade dos mais
velhos'.
'Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de ensinamento para
os passarem a ver como uma fonte de incómodo. Isso leva-os à rebeldia ',
afirmou.
Daí que, mais do que reformas dos códigos legislativos ou das normas em
vigor, é essencial envolver toda a sociedade, admitindo Savater que 'mais
vale dar uma palmada, no momento certo' do que permitir as situações que
depois se criam.
Como alternativa à palmada, o filósofo recomenda a supressão de privilégios e o alargamento dos deveres.
ISTO É NOVIDADE PARA QUEM????
D qq maneira tentem q chegue à 5 de Outubro ou a S. Bento!
defenderam que o aumento da violência escolar deve-se, em parte, a uma crise de autoridade familiar, pelo facto de os pais renunciarem a impor
disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os professores.
Os participantes no encontro 'Família e Escola: um espaço de
convivência', dedicado a analisar a importância da família como agente
educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre os menores recaia nas escolas.
'As crianças não encontram em casa a figura de autoridade', que é um
elemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo Fernando
Savater.
'As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa', sublinhou.
Para Savater, os pais continuam 'a não querer assumir qualquer autoridade', preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos 'seja alegre' e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinador quase exclusivamente para os professores.
No entanto, e quando os professores tentam exercer esse papel disciplinador, 'são os próprios pais e mães que não exerceram essa autoridade sobre os filhos que tentam exercê-la sobre os professores, confrontando-os ', acusa. O abandono da sua responsabilidade retira aos pais a possibilidade de protestar e exigir depois. Quem não começa por tentar defender a harmonia no seu ambiente, não tem razão para depois se ir queixar', sublinha. Há professores que são vítimas nas mãos dos alunos'
Savater acusa igualmente as famílias de pensarem que 'ao pagar uma escola'deixa de ser necessário impor responsabilidade, alertando para a situação de muitos professores que estão psicologicamente esgotados' e que se transformam 'em autênticas vítimas nas mãos dos alunos'.
A liberdade, afirma, 'exige uma componente de disciplina' que obriga a que
os docentes não estejam desamparados e sem apoio, nomeadamente das famílias e da sociedade.
' A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara', afirma, recomendando aos pais que transmitam aos seus filhos a importância da escola e a importância que é receber uma educação, 'uma oportunidade e um privilégio'.
Em algum momento das suas vidas, as crianças vão confrontar-se com a
disciplina', frisa Fernando Savater.
Em conversa com jornalistas, o filósofo explicou que é essencial perceber
que as crianças não são hoje mais violentas ou mais indisciplinadas do que
antes; o problema é que 'têm menos respeito pela autoridade dos mais
velhos'.
'Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de ensinamento para
os passarem a ver como uma fonte de incómodo. Isso leva-os à rebeldia ',
afirmou.
Daí que, mais do que reformas dos códigos legislativos ou das normas em
vigor, é essencial envolver toda a sociedade, admitindo Savater que 'mais
vale dar uma palmada, no momento certo' do que permitir as situações que
depois se criam.
Como alternativa à palmada, o filósofo recomenda a supressão de privilégios e o alargamento dos deveres.
ISTO É NOVIDADE PARA QUEM????
D qq maneira tentem q chegue à 5 de Outubro ou a S. Bento!
Wednesday, June 6, 2007
Expressão Portuguesa
Agora que o dia de Portugal, de Camões e das Comunidades de Expressão Portuguesa se aproxima quero homenagear um grande escritor moçambicano...
A PRIMEIRA PALAVRA
Aproxima o teu coração
e inclina o teu sangue
para que eu recolha
os teus inacessíveis frutos
para que prove da tua água
e repouse na tua fronte
Debruça o teu rosto
sobre a terra sem vestígio
prepara o teu ventre
para a anunciada visita
até que nos lábios humedeça
a primeira palavra do teu corpo
Mia Couto
Aproxima o teu coração
e inclina o teu sangue
para que eu recolha
os teus inacessíveis frutos
para que prove da tua água
e repouse na tua fronte
Debruça o teu rosto
sobre a terra sem vestígio
prepara o teu ventre
para a anunciada visita
até que nos lábios humedeça
a primeira palavra do teu corpo
Mia Couto
Thursday, May 10, 2007
Wednesday, May 2, 2007
Dia 6 de Maio...UMa DATA ESPECIAL!
Monday, April 23, 2007
Ainda é este o País que temos?
Um texto mais actual do que nunca!
Um século depois..... um POVO que nunca muda !!
"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta. [.]
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provem que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro [.]
Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.
A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas;
Dois partidos [.] sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, [.] vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."
Guerra Junqueiro, "Pátria", 1896.
Um século depois..... um POVO que nunca muda !!
Thursday, April 12, 2007
Que Fiques Bem !!
Mais um quadro...a pedido de alguns amigos.
Tuesday, April 10, 2007
Monday, April 2, 2007
Friday, March 30, 2007
Grande Poeta... !
Tempo de Poesia
Todo o tempo é de poesia
Todo o tempo é de poesia
Desde a névoa da manhã
à névoa do outro dia.
Desde a quentura do ventre
à frigidez da agonia
Todo o tempo é de poesia
Entre bombas que deflagram.
Corolas que se desdobram.
Corpos que em sangue soçobram.
Vidas que a amar se consagram.
Sob a cúpula sombriadas mãos que pedem vingança.
Sob o arco da aliançada celeste alegoria.
Todo o tempo é de poesia.
Desde a arrumação ao caos
à confusão da harmonia.
António Gedeão
António Gedeão
Dedicado à TITÉ...(ela sabe porquê)!! Este e " A Pedra Filosofal" ... dos meus favoritos!
Wednesday, March 28, 2007
Monday, March 26, 2007
Wednesday, March 21, 2007
Dedicatória a uma Pessoa Especial...
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Sophia de Mello Breyner
Porque ele merece!
Tuesday, March 20, 2007
Um Viva aos Poetas!!
Lágrimas Ocultas (Florbela Espanca)
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que rí e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi outras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
Neste dia ,21 de Março, em que se comemora o Dia Mundial da Poesia...a minha singela homenagem a uma grande poetisa!
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que rí e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi outras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
Neste dia ,21 de Março, em que se comemora o Dia Mundial da Poesia...a minha singela homenagem a uma grande poetisa!
Thursday, March 15, 2007
Os Homens e a Gripe...
ANTÓNIO LOBO ANTUNES
(Sátira aos HOMENS quando estão com gripe)
"Pachos na testa, terço na mão, Uma botija, chá de limão, Zaragatoas, vinho com mel, Três aspirinas, creme na pele Grito de medo, chamo a mulher. Ai Lurdes que vou morrer. Mede-me a febre, olha-me a goela, Cala os miudos, fecha a janela, Não quero canja, nem a salada, Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada. Se tu sonhasses como me sinto...Já vejo a morte nunca te minto, Já vejo o inferno, chamas, diabos, anjos estranhos, cornos e rabos, Vejo demónios nas suas danças Tigres sem listras, bodes sem tranças Choros de coruja, risos de grilo Ai Lurdes, Lurdes fica comigo Não é o pingo de uma torneira?Pôe-me a Santinha á cabeceira, Compõe-me a colcha, Fala ao prior, Pousa o Jesus no cobertor. Chama o Doutor, passa a chamada, Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada. Faz-me tisasna e pão-de-ló, Não te levantes que fico só, Aqui sózinho a apodrecer... Ai Lurdes, Lurdes que Eu vou morrer!"
GRANDE ESCRITOR E ...GRANDES VERDADES!!
(Sátira aos HOMENS quando estão com gripe)
"Pachos na testa, terço na mão, Uma botija, chá de limão, Zaragatoas, vinho com mel, Três aspirinas, creme na pele Grito de medo, chamo a mulher. Ai Lurdes que vou morrer. Mede-me a febre, olha-me a goela, Cala os miudos, fecha a janela, Não quero canja, nem a salada, Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada. Se tu sonhasses como me sinto...Já vejo a morte nunca te minto, Já vejo o inferno, chamas, diabos, anjos estranhos, cornos e rabos, Vejo demónios nas suas danças Tigres sem listras, bodes sem tranças Choros de coruja, risos de grilo Ai Lurdes, Lurdes fica comigo Não é o pingo de uma torneira?Pôe-me a Santinha á cabeceira, Compõe-me a colcha, Fala ao prior, Pousa o Jesus no cobertor. Chama o Doutor, passa a chamada, Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada. Faz-me tisasna e pão-de-ló, Não te levantes que fico só, Aqui sózinho a apodrecer... Ai Lurdes, Lurdes que Eu vou morrer!"
GRANDE ESCRITOR E ...GRANDES VERDADES!!
Saturday, March 10, 2007
(Des)EDUCAÇÃO...
Já espancou um professor?**
"Bater em professores tornou-se o desporto favorito dos portugueses. Só no ano passado, segundo dados do Observatório de Segurança Escolar, houve 390 agressões a professores, o que, tendo em conta que o ano lectivo tem cercade 180 dias de aulas, dá a média de dois por dia. Por outro lado, aLinha SOS Professor anunciou que 40% dos docentes que a contactaram desde Setembro foram vítimas de agressões por parte de alunos e encarregados de educação.
A ministra Maria de Lurdes Rodrigues está, pois, de parabéns por vários motivos: não só foi ela a da ideia, inaugurando o seu memorável mandato a "bater" nos professores e acusando-os de todas as desgraças da Educação em Portugal, como também o facto de os professores espancados acabarem, na maior parte dos casos, no hospital permitirá excluí-los de progressão na carreira, já que "em boa hora" se lembrou de pôr as faltas por doença a contar para a avaliação da sua assiduidade.
A ministra promete agora "restituir" a autoridade às escolas…
Pode imaginar-se o que isso quer dizer, se na prática significar seguir o exemplo de autoridade dado pelo CEda Escola EB 2+3 de Maceda (Ovar), que, no caso de uma professora pontapeada, mordida e ferida no couro cabeludo pela mãe de um aluno decidiu interpôr um processo disciplinar à professora.*"
Este é o estado actual da EDUCAÇÃO EM PORTUGAL...muito triste e DESMOTIVADOR!
"Bater em professores tornou-se o desporto favorito dos portugueses. Só no ano passado, segundo dados do Observatório de Segurança Escolar, houve 390 agressões a professores, o que, tendo em conta que o ano lectivo tem cercade 180 dias de aulas, dá a média de dois por dia. Por outro lado, aLinha SOS Professor anunciou que 40% dos docentes que a contactaram desde Setembro foram vítimas de agressões por parte de alunos e encarregados de educação.
A ministra Maria de Lurdes Rodrigues está, pois, de parabéns por vários motivos: não só foi ela a da ideia, inaugurando o seu memorável mandato a "bater" nos professores e acusando-os de todas as desgraças da Educação em Portugal, como também o facto de os professores espancados acabarem, na maior parte dos casos, no hospital permitirá excluí-los de progressão na carreira, já que "em boa hora" se lembrou de pôr as faltas por doença a contar para a avaliação da sua assiduidade.
A ministra promete agora "restituir" a autoridade às escolas…
Pode imaginar-se o que isso quer dizer, se na prática significar seguir o exemplo de autoridade dado pelo CEda Escola EB 2+3 de Maceda (Ovar), que, no caso de uma professora pontapeada, mordida e ferida no couro cabeludo pela mãe de um aluno decidiu interpôr um processo disciplinar à professora.*"
Este é o estado actual da EDUCAÇÃO EM PORTUGAL...muito triste e DESMOTIVADOR!
E assim vai a nossa Língua...
Evolução da LínguaPortuguesa! **
"Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar "afro-americanos"aos pretos, com vista a acabar com as raças por via gramatical - isto tem sido um fartote pegado!
As criadas dos anos 70, passaram a "empregadas" e preparam-se agora para receber menção de "auxiliares de apoio doméstico".
De igual modo, extinguiram-se nas escolas os "contínuos"; passaram todos a "auxiliares da acção educativa".
Os vendedores de medicamentos, inchados de prosápia, tratam-se de "delegados de Informação médica".
E pelo mesmo processo transmudaram-se os caixeiros-viajantes em "técnicos de vendas".
Os drogados transformaram-se em "toxicodependentes" (como se os consumos de cerveja e de cocaína se equivalessem!);
O aborto eufemizou-se em *"interrupção voluntária da gravidez"; os gangues étnicos são "grupos de jovens ";
Os operários fizeram-se de repente "colaboradores"; e as fábricas, essas, vistas de dentro são "unidades produtivas" e vistas da estranja são "centros de decisão nacionais".
O analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à "iliteracia" Galopante.
Desapareceram outrossim dos comboios as classes 1.ª e 2.ª, para não ferir a susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por Imperscrutáveis necessidades de tesouraria continuam a cobrar-se preços distintos nas classes "Conforto" e "Turística".
A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa: «Sou mãe solteira...» ; agora, se quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a letra da pungente melodia: «Tenho uma família monoparental...» - eis o novo verso da cançoneta, se quiser fazer jus à modernidade
Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotes crianças irrequietas e «terroristas»; diz-se modernamente que têm um "comportamento disfuncional hiperactivo".
Do mesmo modo, e para felicidade dos "encarregados de educação", os brilhantes programas escolares extinguiram os alunos cábulas; tais estudantes serão, quando muito, "crianças de desenvolvimento instável".
Ainda há cegos, infelizmente, como nota na sua crónica o Eurico. Mas como a palavra fosse considerada desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado "invisual".(O termo é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar inauditivos aos surdos - mas o "politicamente correcto" marimba-se para as regras gramaticais...)
Para compor o ramalhete e se darem ares, as gentes cultas da praça desbocam-se em "implementações", "posturas pró-activas", "políticas fracturantes" e outros barbarismos da linguagem.
E assim linguajamos o Português. "
Chegou-me via mail... dá para reflectir!!!
"Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar "afro-americanos"aos pretos, com vista a acabar com as raças por via gramatical - isto tem sido um fartote pegado!
As criadas dos anos 70, passaram a "empregadas" e preparam-se agora para receber menção de "auxiliares de apoio doméstico".
De igual modo, extinguiram-se nas escolas os "contínuos"; passaram todos a "auxiliares da acção educativa".
Os vendedores de medicamentos, inchados de prosápia, tratam-se de "delegados de Informação médica".
E pelo mesmo processo transmudaram-se os caixeiros-viajantes em "técnicos de vendas".
Os drogados transformaram-se em "toxicodependentes" (como se os consumos de cerveja e de cocaína se equivalessem!);
O aborto eufemizou-se em *"interrupção voluntária da gravidez"; os gangues étnicos são "grupos de jovens ";
Os operários fizeram-se de repente "colaboradores"; e as fábricas, essas, vistas de dentro são "unidades produtivas" e vistas da estranja são "centros de decisão nacionais".
O analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à "iliteracia" Galopante.
Desapareceram outrossim dos comboios as classes 1.ª e 2.ª, para não ferir a susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por Imperscrutáveis necessidades de tesouraria continuam a cobrar-se preços distintos nas classes "Conforto" e "Turística".
A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa: «Sou mãe solteira...» ; agora, se quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a letra da pungente melodia: «Tenho uma família monoparental...» - eis o novo verso da cançoneta, se quiser fazer jus à modernidade
Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotes crianças irrequietas e «terroristas»; diz-se modernamente que têm um "comportamento disfuncional hiperactivo".
Do mesmo modo, e para felicidade dos "encarregados de educação", os brilhantes programas escolares extinguiram os alunos cábulas; tais estudantes serão, quando muito, "crianças de desenvolvimento instável".
Ainda há cegos, infelizmente, como nota na sua crónica o Eurico. Mas como a palavra fosse considerada desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado "invisual".(O termo é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar inauditivos aos surdos - mas o "politicamente correcto" marimba-se para as regras gramaticais...)
Para compor o ramalhete e se darem ares, as gentes cultas da praça desbocam-se em "implementações", "posturas pró-activas", "políticas fracturantes" e outros barbarismos da linguagem.
E assim linguajamos o Português. "
Chegou-me via mail... dá para reflectir!!!
Wednesday, March 7, 2007
"No fundo, o treinador é um professor de desportistas e o professor um treinador dos conhecimentos e dos saberes. Um bom professor, tal como um bom treinador, não deve ter a pretensão de ensinar tudo, mas deve ter a competência de ensinar a aprender tudo. Não apenas durante o tempo do clube ou da escola, mas durante toda a vida."
"… Mas o mais importante de tudo foi constatar que os professores de Portugal, os homens e as mulheres que preparam os nossos filhos para saberem aprender toda a vida, estão no limite das suas forças, das suas resistências, sentem-se profundamente desconsiderados e estão indignados com a afronta que lhes faz quase diariamente um ministério vesgo e surdo, que ainda os responsabiliza por serem, eles próprios, violentados, sabendo, melhor do que ninguém, que foi o próprio estado que passou anos e anos a desacreditar, a fragilizar e desautorizar os professores perante os alunos, tornando-os no elo mais fraco do nosso desgraçado sistema de ensino."
Frases inteligentes de um jornalista desportivo, publicadas no jornal “ A Bola”.
Até que enfim nos fazem justiça!!
"… Mas o mais importante de tudo foi constatar que os professores de Portugal, os homens e as mulheres que preparam os nossos filhos para saberem aprender toda a vida, estão no limite das suas forças, das suas resistências, sentem-se profundamente desconsiderados e estão indignados com a afronta que lhes faz quase diariamente um ministério vesgo e surdo, que ainda os responsabiliza por serem, eles próprios, violentados, sabendo, melhor do que ninguém, que foi o próprio estado que passou anos e anos a desacreditar, a fragilizar e desautorizar os professores perante os alunos, tornando-os no elo mais fraco do nosso desgraçado sistema de ensino."
Frases inteligentes de um jornalista desportivo, publicadas no jornal “ A Bola”.
Até que enfim nos fazem justiça!!
Thursday, March 1, 2007
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