Tempo de Poesia
Todo o tempo é de poesia
Todo o tempo é de poesia
Desde a névoa da manhã
à névoa do outro dia.
Desde a quentura do ventre
à frigidez da agonia
Todo o tempo é de poesia
Entre bombas que deflagram.
Corolas que se desdobram.
Corpos que em sangue soçobram.
Vidas que a amar se consagram.
Sob a cúpula sombriadas mãos que pedem vingança.
Sob o arco da aliançada celeste alegoria.
Todo o tempo é de poesia.
Desde a arrumação ao caos
à confusão da harmonia.
António Gedeão
António Gedeão
Dedicado à TITÉ...(ela sabe porquê)!! Este e " A Pedra Filosofal" ... dos meus favoritos!